Google criará “anel de internet” com balões no hemisfério sul

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O Google pretende usar os balões do Project Loon para criar um “anel de internet” no Hemisfério Sul da Terra, passando pela Indonésia e Sri Lanka, com transmissões de dados iniciando-se no começo do ano que vem. A informação é da BBC.

Ontem, a empresa anunciou em seu blog uma parceria com três operadoras da Indonésia – Telkomsel, Axiata e Indosat – que terão acesso à infraestrutura do Project Loon. Segundo o Google, os balões podem oferecer conexões com velocidades de cerca de 10Mbps.

A empresa pretende começar a operar com os balões na Indonésia e Sri Lanka até o fim de março de 2016. Ao longo do ano, o Google pretende expandir a área de cobertura do Project Loon até formar um anel que dê a volta no hemisfério sul. Segundo Mike Cassidy, vice-presidente do projeto, isso exigiria cerca de 300 balões.

Internet voadora

Os balões de superpressão ficam a uma altura de cerca de 20 quilômetros de altitude. Eles contém transmissores e receptores de dados, além de GPS e software que lhes permite permanecer na posição correta. Eles possuem também painéis solares por meio dos quais geram energia para operar.

A tecnologia por trás dos balões foi desenvolvida inicialmente pela força aérea dos Estados Unidos na década de 1950. O conceito de “superpressão” envolve tentar manter o volume dos balões relativamente estável apesar das variações de temperatura.

Balões tradicionais, que expandem e contraem por conta das variações de temperatura, acaba m ficando no ar por menos tempo. Além disso, os balões de superpressão são mais eficientes em se manter a uma determinada altitude.

Melhorias

Desde sua concepção, o Project Loon já melhorou bastante. De acordo com Cassidy, os balões inicialmente ficavam apenas de 5 a 10 dias no ar, mas agora chegam a ficar até 187 dias. O lançamento, que demorava uma hora e envolvia 14 pessoas, atualmente pode ser realizado em quinze minutos por duas ou três pessoas e um guindaste automatizado.

De acordo com o Google, os balões são uma alternativa mais eficiente à instalação de cabos de fibra óptica ou a construção de antenas de telefonia móvel por todas as 17 mil ilhas da Indonésia, que contém florestas densas e montanhas. Da população de 255 milhões do país, mais de 100 milhões ainda não têm acesso à internet, segundo a empresa.

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