EUA querem obrigar redes sociais a relatar atividade terrorista

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Políticos dos Estados unidos querem forçar redes sociais como o Facebook e o Twitter a relatar às autoridades caso encontrem qualquer atividade terrorista em seus sites. Nesta semana, a senadora Dianne Feinstein, vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado, apresentou um projeto de lei que pode tornar a obrigação uma realidade.

“Estamos em uma nova era, onde grupos terroristas como o Estado Islâmico estão usando a mídia social para reinventar o modo como eles recrutam e planejam ataques. Essas informações podem ser a chave para identificar e impedir o recrutamento de terroristas ou um ataque terrorista, mas precisamos da ajuda das empresas de tecnologia. Este projeto de lei não obriga as empresas a tomar quaisquer medidas adicionais para descobrir a atividade terrorista, ele apenas as obriga a comunicar tal atividade quando se depararem com ela”, explica a senadora.

O esboço do projeto foi apresentado no início do ano, mas não foi aprovado por críticas de outros senadores. “As empresas de mídia social não são qualificadas para julgar que posts equivaleriam a uma ‘atividade terrorista ‘, e elas não devem ser forçados contra sua vontade a criar um centro de investigações para policiar o discurso de seus usuários”, declarou, na época, o senador Ron Wyden.

As empresas de tecnologia, como o Google, o Facebook e o Twitter, também se manifestaram contra a lei, afirmando que ela poderia “criar um problema impossível de cumprir e resultar na busca de itens que não são uma preocupação importante à segurança pública”.

Questionada, a senadora Feinstein afirmou pelo Twitter que a intenção é manter a segurança, e não violar a liberdade de expressão dos usuários.

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