As empresas descobriram novas maneiras de medir e monitorar funcionários com ferramentas tecnológicas, como crachás inteligentes e softwares de monitoramento. No entanto, este tipo de monitoramento preocupa defensores da privacidade, pois as corporações têm poucas obrigações legais além de informar os funcionários, aponta o New York Times. Profissionais da área de análise do ambiente do trabalho dizem ser necessário ter regras relativas à privacidade, para que este setor cresça.
A Sociometric Solutions, uma empresa da área, cria os “crachás inteligentes” ou “crachás sociométricos” com dois microfones, sensor de localização e um acelerômetro. O equipamento consegue monitorar tom de voz, postura e leitura corporal, além de calcular quanto tempo levou um conversa do usuário. Porém, Waber afirma ao jornal que, dos 20 clientes que possui entre bancos, empresas de tecnologia e farmacêuticas, há contratos para que não existam gravações, apenas métricas dos funcionários. O professor-assistente de administração de empresas da Universidade Washigton em Saint Louis, Lamar Pierce disse que as ferramentas podem ser consideradas boas ou más, e que o maior desafio é descobrir “qual o nível certo e em qual contexto estão sendo usadas”.
Pierce é autor de uma pesquisa que analisou restaurantes que usam software de monitoramento para seus funcionários, o programa Restaurant Guard da NCR. Ele estudou, antes e depois da instalação, 392 restaurantes e padrões de transações de possíveis furtos. O resultado foi uma economia de US$ 108 por semana, mais um aumento no faturamento de US$ 2.982 por semana em cada restaurante, 7% de crescimento em um setor com lucros baixos. O garçom da Jim Sullivan foi um dos avaliados pelo programa. Ele afirma que com o sistema pôde se beneficiar, com dicas de como se aproximar dos clientes e melhores formas de conseguir mais gorjetas, ao oferecer pratos e bebidas.