Entre 2012 e 2015 espera-se que os orçamentos das empresas de TI no Brasil cresçam cerca de 6%, o triplo do crescimento do PIB entre 2012 e o que o mercado imagina para 2015. O percentual, entretanto, equivale ao repasse da inflação oficial anual, segundo o diretor de pesquisas do Instituto Sem Fronteiras, Ivair Rodrigues.
A consultoria realizou um levantamento com 1,3 mil chefes de TI do país para entender por que o crescimento não passa a inflação e descobriu que parte dos gerentes culpa os funcionários pelo desempenho.
Enquanto 49% deles consideram que há uma relação entre os problemas de baixo crescimento da economia e da empresa, 39% acham que a baixa qualificação (ou a falta dela) dos profissionais compromete a adoção de novos projetos.
De acordo com Rodrigues, o investimento com mão de obra, que representava 25% dos orçamentos em 2007, hoje toma 36% do dinheiro das empresas. E como a tendência é esse investimento continuar subindo, o crescimento do setor deve se manter comprometido.
“Das empresas entrevistadas, 42% mencionaram que o orçamento de TI será abaixo do desejado, mas apenas 7% afirmaram que a área de TI será reduzida. Outras 45% afirmam que vão tentar renegociar os contratos atuais”, informa o ISF.
A espectativa é que os investimentos do setor cresçam 5,6% neste ano, sendo que apenas 17% dos entrevistados entendem que haverá queda nos gastos em 2015.