Como o Google pode estar estimulando usuários a acreditar em notícias falsas

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Nos últimos tempos, vem sendo muito discutida a questão da responsabilidade das redes sociais sobre a qualidade das informações que chegam aos usuários. O Facebook vem sendo constantemente acusado de ser omisso na propagação de notícias falsas pela web, assim como o Google.

Uma análise do site Business Insider, por exemplo, mostra como o sistema de previsão de texto da busca do Google pode estar estimulando usuários a acreditar em informações mentirosas mesmo sem que eles estejam procurando por isso.

Ao começar a digitar uma pesquisa no Google, o algoritmo do sistema tenta prever o final da frase sugerindo quais palavras podem vir a seguir. Em alguns casos, esse sistema é útil para economizar alguns toques no teclado. Em outros, é apenas enganador.

Para fazer essa previsão, o Google se baseia em buscas populares na plataforma, palavras que outros usuários pesquisaram e links que estão em alta nos resultados de busca. Se por um lado isso pode ajudar o usuário a encontrar o resultado ideal, por outro lado pode levá-lo às páginas erradas da web, e até acreditar em certas informações falsas.

O Business Insider sugere uma busca simples, como “Michelle Obama é”. Ao digitar essa frase, o Google sugere que a busca completa seja “Michelle Obama é homem”. Isso pode levar os usuários a um vídeo, com uma suposta teoria da conspiração, de que a Primeira Dama dos Estados Unidos na verdade é um homem que se veste de mulher.

É óbvio que essa história é falsa, mas ainda assim o Google sugere ao usuário essa busca por meio de seu algoritmo. “Nós fazemos nosso melhor para impedir que termos ofensivos, pornografia ou discurso de ódio apareçam”, disse o Google em nota, “mas o autocomplete não é uma ciência exata”.

“Nossos resultados de buscas são um reflexo do conteúdo que está na web. Isso significa que, às vezes, retratos desagradáveis de assuntos sensíveis online podem afetar o que esses resultados mostram para determinadas pesquisas. Esses resultados não refletem as opiniões ou crenças do Google. Como empresa, nós valorizamos a diversidade de perspectivas, ideias e culturas”, continua o comunicado.

https://goo.gl/M0EK2n

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