Atenção: navegar na web pode ficar menos seguro a partir de 1º de janeiro

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Ter uma certa dose de proteção ao navegar pela web é algo imprescindível, principalmente com o número progressivamente maior de pessoas conectadas à internet. O dia 1º de janeiro de 2016, porém, pode trazer à tona um problemão para quem está acostumado a visitar páginas de comércio eletrônico, checar e-mails ou realizar operações bancárias online. Isso porque um órgão internacional decidiu atualizar um dos protocolos de segurança mais aceitos pelo mundo afora e a mudança, muito provavelmente, deve afetar o Brasil.

Recentemente, o CA/Browser – grupo que controla as políticas de encriptação na web – chegou ao consenso de que a navegação precisa ficar ainda mais segura. Ao que parece, o SHA-1, atual versão do mecanismo de segurança usado por uma infinidade de sites para garantir que se trata de um link seguro, se tornou obsoleto e precisa ser substituído. O que isso significa na prática? Que as URLs que ainda estiverem com esse certificado no ano que vem não receberão nem o “https” nem o ícone de cadeado na barra de endereço dos navegadores.

 

O problema com isso é exatamente a necessidade de suporte dos browsers ao novo protocolo, que deve se chamar SHA-2. Enquanto computadores e dispositivos mobile mais recentes podem ter seus programas e aplicativos atualizados para conversar com o sistema programado para janeiro, a mesma coisa não pode ser dita de equipamentos mais velhos – itens bastante representativos em países emergentes. Com isso, estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas pelo mundo percam acesso a lojas, bancos, redes sociais e outros serviços.

Esse quadro preocupante é esperado porque diversos dos softwares mais antigos devem sofrer em dois frontes: ficando expostos a investidas de criminosos e ameaças virtuais ou, simplesmente, tendo acesso negado a páginas como FacebookGmail e outros serviços que precisam garantir a segurança do perfil do usuário. Somente na China, a expectativa é de que pelo menos 6% dos internautas sejam afetados logo depois do Ano Novo. Na África, no Oriente Médio e até em algumas nações da América do Sul, o número pode variar de 2,5% a 5,3%.

 

 

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