Assange ataca Google por desrespeitar privacidade na internet

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Julian Assange, fundador do Wikileaks, está preso na embaixada do Equador em Londres desde 2012. Isso, no entanto, não o impede de ter uma opinião crítica sobre as sérias questões de privacidade que assolam a internet. Em entrevista, ele definiu um alvo: o Google.

“Pelo menos 80% dos smartphones são controlados pelo Google, que grava as localidades, contatos, e-mails, o que pesquisaram. Essas informações se integram a outros serviços para criar um perfil. É a segunda maior companhia dos Estados Unidos, com conexões com o Departamento de Estado, trabalhando com projetos de inteligência nos últimos 12 anos”, acusa Assange em entrevista com a Folha de S. Paulo.

E, sim, ele reafirma: o Google trabalha diretamente com o governo americano, algo que Edward Snowden afirmava quando vazou inúmeros documentos sobre a NSA. Assange corrobora isso, apontando que os executivos da companhia são muito próximos da equipe de Hillary Clinton, candidata à presidência nas eleições de 2016 pelo mesmo partido de Barack Obama.

Ele afirma que o modelo de negócios da empresa, sempre oferecendo serviços gratuitos, atua como um anzol que fisga o usuário e o faz oferecer sua s informações pessoais.

E, infelizmente, isso deve continuar assim por um bom tempo, na sua visão. Assange diz que a privacidade na internet está com os dias contados e não há muito que possa ser feito para solucionar o problema.

“É impossível para a maioria das pessoas [proteger sua privacidade], mas pelo menos elas já estão acordando para o que está acontecendo e criando novas demandas por algo que respeite sua privacidade e reprima o apetite do Google, cujo negócio é coletar informação privada”, diz o criador do WikiLeaks.

Isso é impossível para a maioria das pessoas e ainda vai levar muito tempo. Por outro lado, as pessoas estão acordando para o que está acontecendo com o Google e criando demandas para algo que preserve a privacidade e reprima o apetite do Google, cujo negócio é coletar informação privada. Pelo menos 80% dos smartphones são controlados pelo Google, que grava as localidades, contatos, e-mails, o que pesquisaram.

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