“Apple pratica preços ultrajantes”, diz presidente da Motorola

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A Motorola não aceitou bem algumas das reclamações de Jony Ive, chefe de design da Apple e retrucou, acusando a concorrente de cobrar preços “ultrajantes” pelos seus dispositivos. Em entrevista, o CEO Rick Osterloh não poupou reclamações à estratégia da empresa do iPhone.

Osterloh reagiu às declarações de Ive, que criticou indiretamente o programa Moto Maker, que permite que o consumidor personalize livremente o Moto X nos Estados Unidos e chegará ao Brasil ainda neste ano. O designer da Apple, sem citar o nome “Motorola” mas falando em “um concorrente”, afirmou que oferecer muitas cores, materiais e opções de personalização é “abdicar de sua responsabilidade como um designer”. Como não há nenhuma outra companhia que faz o mesmo que a Motorola neste sentido, a declaração não pegou bem.

“Nós vemos uma dicotomia real neste mercado, onde você tem a Apple fazendo muito dinheiro cobrando preços ultrajantes. Nós achamos que esse não é o futuro. Acreditamos que o futuro é oferecer experiências similares e opção para o consumidor a preços acessíveis”, afirma em entrevista à BBC.

Obviamente ele fala da discrepância de preços entre aparelhos como o iPhone 6 e o Moto G e Moto E, por exemplo, que são um sucesso de vendas, mas que são vendidos com uma margem de lucro baixa.

“O maior fracasso da indústria de celulares também é a maior oportunidade: fazer um aparelho muito bom, acessível para as pessoas que não querem gastar muito dinheiro”, explica Osterloh.

A estratégia, no entanto, tem sido custosa para a Motorola, hoje sob o comando da Lenovo. Apesar de vender muitas unidades e ter o aparelho mais vendido do Brasil, a empresa tem grandes dificuldades em fechar um período fiscal no azul, graças às margens de lucro diminutas. A participação de mercado, porém, segue aumentando.

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