Eles também estão preocupados que Gates – que passa a maior parte de seu tempo em sua fundação filantrópica – exerça um poder desproporcional à sua participação em declínio na empresa.
Gates, que era dono de 49% da Microsoft antes da abertura de capital da companhia em 1986, vendeu cerca de 80 milhões de ações da Microsoft por ano em um plano pré-estabelecido, que se continar o deixaria sem nenhuma participação financeira na companhia em 2018.
Gates reduziu sua representatividade na Microsoft depois que entregou o papel de CEO a Ballmer em 2000, deixando de exercer o seu trabalho diário na companhia em 2008 para se concentrar na Fundação Bill & Melinda Gates, avaliada em US$ 38 bilhões.
Em agosto, Ballmer disse que iria se aposentar em 12 meses, em meio à pressão do ativista gestor de fundos ValueAct Capital Management.
A Microsoft está agora à procura de um novo CEO, embora seu Conselho tenha dito que a estratégia de Ballmer irá seguir na companhia. Ele concentrou-se na fabricação de dispositivos, como o tablet Surface e o console de jogos Xbox, além de transformar softwares-chave em serviços prestados através da Internet. Alguns investidores dizem que um novo chefe não deve estar vinculado a essa estratégia.
A Microsoft ainda é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, com um lucro líquido de US$ 22 bilhões no último ano fiscal. Mas o seu sistema operacional Windows e, em menor medida, o software Office, estão sob a pressão do declínio dos computadores pessoais, enquanto smartphones e tablets se tornam mais populares.
Uma das fontes disse que Gates foi um dos grandes pioneiros da indústria de tecnologia, mas os investidores sentiam que ele era mais eficaz como presidente-executivo que como presidente do Conselho.