Quer aproveitar as longas horas dentro do avião? Siga estes nossos conselhos para evitar aborrecimentos e ser mais produtivo
Escrevo este artigo em pleno voo, a 11 mil metros de altitude, e não posso deixar de me maravilhar com a tecnologia que permite que meu notebook mantenha uma conexão razoavelmente rápida com a internet. Sem falar na tecnologia que me impede de cair como uma pedra em direção ao solo.
Não voo muito, mas fiz isso o suficiente para aprender alguns truques para voar com conforto e sem abrir mão da tecnologia. Aqui estão alguns deles.
Se você está procurando um novo notebook e não consegue se decidir entre um modelo com tela de 13.3 polegadas e outro com tela de 15.6 polegadas, imagine-se em uma poltrona na Classe Econômica. Com a poltrona da frente reclinada ao máximo. Você é praticamente uma sardinha, e um notebook grandalhão vai tornar muito, muito difícil posicionar a tela em um ângulo confortável para o uso, sem falar na dificuldade para a digitação.
É por isso que eu me recuso a viajar com qualquer coisa maior do que um notebook com tela de 13.3 polegadas. É o que estou usando agora, e cabe “certinho” no espaço que tenho.
Agora que muitos aviões oferecem Wi-Fi à bordo, você pode se sentir tentado a aproveitar o tempo para “arrumar a casa”: instalar um novo driver, atualizar o Windows ou até mesmo instalar um novo software.
Não faça isso. Qualquer mudança feita em um PC traz o risco de instabilidade, problemas de compatibilidade ou comportamentos estranhos, e esta é a última coisa que você quer ter durante uma viagem. Sem falar que é difícil conseguir suporte técnico a 33 mil pés. Não importa o que você esteja pensando em modificar, pode esperar até você chegar em casa.
Conexão à internet durante um vôo é uma maravilha, mas não é barata: acabei de gastar US$ 20 por três horas. E o problema é que esse preço é por dispositivo, e não posso compartilhar esta conexão com meu tablet, smartphone ou computador da minha esposa. Felizmente dá pra transformar um notebook em um roteador Wi-Fi com um software gratuito como o Virtual Router Plus, que permite criar sua própria rede e compartilhar uma conexão com quantos gadgets você quiser.
Mas cuidado com a segunda dica! Instale, configure e teste o Virtual Router Plus antes da viagem, para evitar surpresas desgradáveis de última hora.
Se você prefere um tablet ou smartphone para computar nas nuvens, considere a aquisição de uma bateria externa, que vai permitir uma recarga de seus gadgets mesmo que não haja uma tomada por perto. Elas estão disponíveis em vários formatos, capacidades e tamanhos (artigo que irá ajudá-lo a escolher o modelo certo).
Seat Guru mostra quais assentos tem tomadas, e se há problemas com eles
Um pouco de planejamento também pode ajudar. Dependendo da companhia aérea, aeronave e classe, pode ser que algumas poltronas em seu voo tenham tomadas onde você possa plugar seu notebook. Mas como escolher? Consultando (antecipadamente, claro) um site como o Seat Guru.
Basta indicar a companhia aérea, número e data do vôo para ver um mapa da aeronave, e passar o cursor do mouse sobre um assento para saber mais informações. Além de saber onde há tomadas, você ainda poderá descobrir quais assentos são ruins porque a poltrona não reclina, ficam perto dos banheiros ou tem espaço restrito. O serviço é gratuito, e indispensável.
Se o único entretenimento de bordo que lhe interessa está em seu smartphone, você tem duas opções: ficar segurando ele por duas horas enquanto assiste a um filme, ou improvisar um suporte para o aparelho usando alguns sacos de vômito.
Este suporte para um smartphone foi feito com os fechos de três sacos de vômito
O tutorial está no Instructables, e mostra como usar os fechos metálicos dos sacos para prender seu gadget às costas do assento à sua frente. Como dizem na TV, “não requer prática, nem tampouco habilidade”. Bastam algumas dobras.
*Com informações de Rafael Rigues, PCWorld Brasil
Fonte: http://idgnow.uol.com.br